Vieiros

Docentes de universidades da Alemanha, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Polónia, Portugal e Reino Unido integram os órgãos directivos da Associação Internacional de Lusitanistas (AIL), eleitos em Agosto passado, durante o IX Congresso da organização, realizado no Funchal, Madeira.A assembleia-geral da AIL escolheu Elias Torres Feijó, da Universidade de Santiago de Compostela, para presidir à associação, sucedendo no cargo a Regina Zilberman, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Faculdade-Portoalegrense (Brasil), que permanece nos órgãos directivos como 2ª vice-presidente.Da Galiza é também a nova secretária-geral e tesoureira da AIL, Carmen Villarino Pardo, da Universidade de Santiago de Compostela.A professora portuguesa Cristina Robalo Cordeiro, da Universidade de Coimbra, assumiu o cargo de 1ª vice-presidente da AIL.Os vogais da direcção da AIL são Anna Maria Kalewska (Univ. de Varsóviam, Polónia), Benjamin Abadala Junior, (Univ. de São Paulo, Brasil), Cláudius Armbruster (Universität zu Köln, Alemanha), Helena Rebelo (Univ. da Madeira, Portugal), Mirella Márcia Longo Vieira de Lima (Univ. Federal da Bahia, Brasil), Onésimo Teotónio de Almeida (Brown University, EUA), Petar Petrov (Univ. do Algarve, Portugal), Sebastião Tavares de Pinho (Univ. de Coimbra, Portugal), Thomas Foster Earle (Oxford University, Reino Unido) e Teresa Cristina Cerdeira da Silva (Univ. Federal do Rio de Janeiro, Brasil).A antiga ministra da Cultura de Portugal Isabel Pires de Lima (Univ. do Porto, Portugal) preside ao Conselho Fiscal, onde têm igualmente assento Laura Cavalcante Padilha (Univ. Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil) e Maria de Fátima A. Viegas de Figueiredo Brauer (Univ. de Hamburgo, Alemanha).O Congresso da AIL decidiu por outro lado escolher o Algarve para a realização do seu X Congresso, daqui a três anos, depois de uma candidatura apresentada nesse sentido pela Universidade do Algarve através do professor Petar Petrov.Elias Torres Feijó é o primeiro galego a ser eleito presidente desta organização, que reúne académicos de mais de 30 países interessados em questões de cultura e lusofonia.Na sessão de encerramento do Congresso, o Presidente honorário da AIL, o escritor e professor Hélder Macedo, salientou a «transcendência» de a organização vir a ser presidida por um galego, segundo o Portal Galego da Língua (PGL).No Congresso da Madeira, cujo tema geral foi Lusofonia: tempo de reciprocidades, foram lançadas as Actas do VIII Congresso Internacional da AIL, realizado em 2005 na Universidade de Santiago de Compostela. «A publicação consta de dois tomos, com perto de 2.000 páginas no total, que incluem mais de 180 trabalhos de pesquisa», escreve o PGL.«Torres Feijó e Villarino Pardo liderarám portanto a AIL nos próximos anos, em que está prevista a implementaçom do Acordo Ortográfico, e umha importante projecçom internacional para a língua portuguesa, segundo se acordou no mês passado na cimeira da CPLP celebrada em Lisboa, em que participárom vários Chefes de Estado e de Governo dos países lusófonos que integram essa instituiçom supranacional.», comentou o PGL.Antes do Congresso, os brasileiros representavam 44 % do total de congressistas esperados. De Espanha, sobretudo da Galiza, previam-se 14 %. Um total de 9 % era esperado de outros países europeus (França, Inglaterra, Alemanha, Polónia, Roménia, etc.), 1% dos Estados Unidos e 18 % de Portugal.A AIL, fundada há mais de vinte anos com o objectivo de «fomentar os estudos de língua, literatura e cultura dos países de língua portuguesa», é responsável pela publicação anual da revista Veredas, que já vai no seu nono número.